Ainda foram cumpridos 77 mandados de busca e apreensão e cerca de R$ 1 milhão apreendidos
O Ministério Público e a Secretaria da Segurança Pública deflagram, nesta sexta-feira (3), uma operação para cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão contra integrantes de uma organização criminosa que atua na Capital e em outras regiões do Estado. A ação, que foi denominada “Jiboia” fazendo referência ao objetivo que é “estrangular” a facção, deteve 44 pessoas.
A operação contou com a participação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e de unidades especializadas da Polícia Militar como Forças Táticas, Batalhões de Ações Especiais de Polícia (Baep), Rondas Ostensiva Tobias de Aguiar (Rota), Rondas Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam), além de equipes de canil.
A operação foi deflagrada com foco em sufocar as movimentações de rua das facções em cinco regiões diferentes do Estado. “É uma grande satisfação participar dessa ação. Uma missão cuidadosamente planejada e cumprida com absoluto êxito”, destacou o major Emerson Massera do Centro de Comunicação Social. Ao todo foram empenhados 544 profissionais, sendo 504 PMs. Para apoio, foram utilizadas 121 viaturas, além de 11 cães e três helicópteros Águia”, completou o major. Até o momento, cerca de R$ 1 milhão em dinheiro havia sido apreendido, bem como sete armas, mais de 50 celulares, quatro balanças de precisão, anotações relacionadas ao tráfico de drogas e sete veículos.
Ao longo das atividades de campo, 44 pessoas foram detidas, sendo 33 por meio do cumprimento de ordens judiciais e as outras 11 em flagrante. “Desarticulamos, inclusive, uma célula responsável pelo levantamento da rotina de agentes públicos”, explicou Mário Luiz Saturno, subprocurador geral de Justiça de Políticas Criminais Institucionais.
Além das prisões determinadas por mandados, 14 pessoas foram presas em flagrante delito. Houve ainda o cumprimento de 48 mandados de prisão e 77 de busca e apreensão.
Os investigados podem responder por crimes de organização criminosa (3 a 8 anos de pena), tráficos de drogas (5 a 15 anos de pena), associação ao tráfico (3 a 10 anos de pena), sequestro e cárcere privado (2 a 08 anos de pena) e lavagem de dinheiro (3 a 10 anos de pena).
Os acusados tinham como função o cadastramento de armas, o recolhimento de dinheiro para a organização, a realização de julgamentos dos tribunais do crime, além da coordenação de inteligência. “Ações como esta mostra a força das instituições de São Paulo, trabalhando de forma mais efetiva em prol da desarticulação de facções em todo o Estado”, concluiu Sarrubbo.
Foram cumpridos 77 mandados de busca e apreensão. As ordens judiciais foram cumpridas nas cidades de São Paulo, Guarujá, Bertioga, Campinas, Sorocaba, Tatuí, Itapetininga, Ribeirão Preto, Jaboticabal, Cravinhos, Matão, São José do Rio Preto, Jales, Fernandópolis, Votuporanga, Cardoso, Tanabi, Mirassol e Barretos.