Familiares e amigos do casal de namorados contestam a versão dada pela Poícia Militar de que no momento da colisão não acontecia uma perseguição em andamento e que isso teria contribuído para o acidente.
Felipe Henrique Delmênico estava com a habiltação suspensa desde março, e a moto que ele pilotava já acumulava R$5 mil reais em multas, a paixão em pilotar a Hornet 600 estampada nas redes sociais falava mais alto e acabou custando a vida do rapaz de 23 anos de sua namorada. O acidente ocorreu na noite de domingo.
Sem Serviço Médico de Urgência de Urgência no município, o rapaz foi atendido por uma unidade do Corpo de Bombeiros de Jaú, distante 15 quilômetros de Bocaina. A viatura chegou ao local cerca de 25 minutos após o acidente. Um dos bombeiros fez massagem cardiáca em Felipe, que segundo famíliares, já estava morto. A reportagem conversou com familiares do rapaz, entre eles. o pai e a mãe.
A motocicleta estava com a documentação regularizada mas ainda não havia sido transferida para o nome de Felipe. A reportagem não teve acesso as multas que estão com o dono da moto.
Moradores reclamaram da demora para o atendimento ao motociclista. A reportagem esteve no local momentos após o acidente ocorrer e registrou relatos de moradores que reclamaram a demora pra a chegada do Resgate.
De acordo com Corpo de Bombeiros de Jaú o comando registrou a soliciação e pedido de resgate às 20h20 minutos e demorou cerca de 25 minutos até chegar ao local do acidente, 20h45 minutos. A solicitação foi feita pela pela Polícia Militar.
Procurada pela reportagem o setor de Comunicação Social da Polícia Militar em Jaú, informou que no dia do acidente a viatura em patrulhamento cruzou com o motociclista que acelerou a moto, uma Hornet 600, buscando uma distânciamento maior da viatura e que a atitude do condutor chamou a atenção dos policiais já que esse tipo de comportamento é entendido pelos polícias como atitude suspeita.
Ainda de acordo com o tenente Ventura, responsável pelo setor de comunicação, não houve por parte dos políciais emprego ou uso excessivo da força e que os policiais não tem responsabilidade no acidente.
Ainda de acordo com a Polícia Militar, ao iniciar o acompanhamento, por se tratar de via pública os policiais adotam uma série de medidas, e que o cumprimento do dever, como localizar criminos é sim prioridade, mas que para isso são adotadas uma série de medidas visando proteger a vida de terceiros.
A Polícia Militar reforçou que no momento do acidente não realizava uma perseguição e sim um patrulhamento, e que nesses casos, de perseguição, faz uso de alerta sonoro e luminoso para elertar sobre a ação em andamento e que a não utilização de sinal, sonoro, deixa isso claro. A Polícia Militar informou ainda que na noite dos fatos os superiores responsáveis pelo patrulhamento estiveram no local e não constataram a princípio nenhuma situação que pudesse colocar em dúvida a conduta dos oficiais em serviço.
De acordo com o delegado assistente da Secciona-Jaú, José Carlos Nunes, as primeiras oitivas devem começar a partir da próxima semana
*Texto publicado na terça-feira (01) foi atualizado quarta-feira (02)
